Brasilino Alves de Oliveira Neto
Há muito tempo a esperava.
Ela chegou mansamente
e nada falou.
Inseguro, lhe
perguntei por que viera se não me queria ?
Fitou meus olhos,
os seus ficaram marejados.
Quis mas não pode
responder,
Sua voz embargou.
Olhou-me mais uma
vez,
Virou-se e caminhou
lentamente
Sem mais volver-me
seu olhar.
Ali parado observava
cada passo dado,
que a afastava de
mim,
pressentindo a
solidão, que a cada um de nós a vida reservara
Nunca mais nos
encontramos.
Vivo a solidão que
pressenti.
Crendo, como forma de
me aplacar a dor,
que não sou somente
eu quem assim vive.
Mas ainda é tempo de
espera !
Sempre será tempo de
espera !
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