quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tempo de espera !

Brasilino Alves de Oliveira Neto

Há muito tempo a esperava.
Ela chegou mansamente e nada falou.
Inseguro, lhe perguntei por que viera se não me queria ?
Fitou meus olhos,
os seus ficaram marejados.
Quis mas não pode responder,
Sua voz embargou.
Olhou-me mais uma vez,
Virou-se e caminhou lentamente
Sem mais volver-me seu olhar.
Ali parado observava cada passo dado,
que a afastava de mim,
pressentindo a solidão, que a cada um de nós a vida reservara

Nunca mais nos encontramos.
Vivo a solidão que pressenti.

Crendo, como forma de me aplacar a dor,
que não sou somente eu quem assim vive.

Mas ainda é tempo de espera !

Sempre será tempo de espera !

Academia Caçapavense de Letras

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