quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A televisão brasileira.


Muito se questiona quanto aos programas da televisão brasileira e a maléfica influência que impõe a uma sociedade díspar como a nossa.

Entendemos que cada um que puder deve dar destaques e fazer oposição a programas que dão maus exemplos, devendo estar sempre preocupados com isto e agirmos como a “água mole a bater na pedra dura”, até que possamos conscientizar, mesmo que seja uma pessoa, que quanto menos televisão ela ver mais enriquecida estará e menos vulnerável às más tendências que ela causa.

Não se trata de radicalismo, mas por entender que cada deve ser um agente de mudança do mundo em que vivemos, e que o reclamamos agressivo, rude e impiedoso e por certo a televisão, não é a melhor conselheira, pois seus exemplos não são frutificadores.

Não é necessário se assistir mais que 5 minutos por dia para se ver, na novela, nos filmes, nos realitys shows, que não tenham como mote principal brigas, fofocas e fatos desagregadores da estrutura familiar.

Diz FELIPE DE AQUINO, na obra “Família, Santuário da Vida” que ‘precisamos estar atentos para a pregação sistemática dos valores anticristãos que a televisão faz hoje, e alertar nossos filhos sobre os embustes da TV, procurando despertar neles o senso crítico para que não aceitem passivamente tudo que veem na tela”.

A televisão exerce grande influência no comportamento das pessoas, principalmente por trazer ao espectador as soluções, ele não precisa raciocinar mas somente absorver aquilo que ela impunemente lhe impõe.

Dizemos impunemente, pois em nome da liberdade de expressão, da democracia e principalmente pelo medo, pelo politicamente correto, nossos governantes (?) deixam que tudo corra frouxamente, sem fiscalização ou imposição ética. Isto é triste, mais é realidade.

Não se vê hoje na televisão brasileira uma só novela, que é o ópio das noites brasileiras, que não tenha troca de casais, de brigas e agressões, de bebidas, traições e tantos outros modelos perniciosos.

Nos comerciais os exemplos também não são dos melhores, pois sempre mostram o sucesso e poder fáceis, como se tudo fosse possível num passe de mágica, cabendo aqui trazer afirmação de Goebels, que foi propagandista de Hitler “mintam, mintam, sempre fica alguma coisa”. 

É o que a TV faz conosco: mente sempre e o que nos fica não é exemplar.

Disse Dom Lucas Mendes no Jornal do Brasil: ‘Acuso a TV brasileira de destilar em sua programação e instalar nos telespectadores, inclusive jovens e adolescentes, uma concepção totalmente aética da vida: triunfo da esperteza, do furto, do ganho fácil, do estelionato.  Qual a novela que propôs ideais nobres de serviço ao próximo, de construção de uma comunidade melhor ? Em lugar disso as telenovelas oferecem à população empobrecida, como modelo ideal, as aventuras de uma burguesia em decomposição, mas de algum modo atraente.’

Há possibilidade de mudança. Faça uma experiência: deixe de assistir a TV uma noite e neste horário convide sua família e vá para a sala e converse sobre coisas que lhe são importantes e que já faz muito tempo que a televisão não lhe deixa fazer.  

Experimente !

Brasilino Neto
Membro da Academia Caçapavense de Letras

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