A vida atual tem imposto aos governantes e à comunidade certas mudanças
para tornarem a convivência menos dificultosa e mais harmônica, notadamente aos
portadores de necessidades especiais.
Neste setor especificamente tanto a legislação como a consciência da
necessidade de mudança têm tido progressos, embora se reconheça que as mudanças
ainda sejam lentas.
Como exemplo os prédios, residências, comércios e logradouros públicos
sofrem modificações para estas facilitações, com a preservação de locais
destinados a estacionamentos, banheiros melhores aparelhados, instalações de
elevadores, rampas e outras mais em prol dessas pessoas.
Porém, observamos que devemos antes mesmo da continuidade destas obras
físicas, transformarmos nossas cabeças para que esta facilitações surtam
efeitos, pois de nada adiantará empreendermos esforços se não respeitamos
estas preparações.
Dizemos isto, pois ontem na vizinha São José dos Campos observamos que pessoa com cadeiras de rodas tinha necessidade de subir na Praça Romão Gomes e
que, no entanto, não pode ser pela rampa ali existente, eis que um majestoso carro obstruía sua caminhada.
Eu e outra pessoa ajudamos e com dificuldades tanto para nós como para o
próprio auxiliado o colocamos na referida Praça.
Após, com visível constrangimento, o cadeirante agradeceu e nos pediu
desculpas ‘por nos ter incomodado’, quando lhe respondemos que nada havia para
ser agradecido, tendo ele completado 'viver este drama todos os dias, pois
realmente as pessoas não obedecem às placas de sinalizações e nem as
dificuldades que a vida já lhe impôs.'
Conclusões:
- Os poderes constituídos
e a sociedade devem continuar a fazer obras que
facilitem a vida dos portadores de necessidades especiais, porém,
primeiramente temos que tomar consciência que nada disso adiantará se nossos
carrões obstruírem estes acessos.
- Quem tem que pedir
desculpa a todos e se sentir constrangido é motorista que ali estacionou !
Disso decorre uma
pergunta: Adianta ter um belo carro destes
que custa alguns milhares de reais e não se ter o mínimo de consciência comunitária
? Se não respeita os direitos mínimos de
seus concidadãos ? Principalmente dos portadores de necessidades especiais ?
Brasilino Neto
Membro da Academia Caçapavense de Letras
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